A ansiedade nem sempre se manifesta em cenas dramáticas. Muitas vezes, ela sussurra. Se disfarça de pressa, se camufla em hábitos comuns — e, mesmo assim, corrói por dentro. Ao contrário do que se imagina, nem toda ansiedade se revela em crises de pânico ou falta de ar. Existe uma forma mais sutil, porém igualmente exaustiva: a ansiedade silenciosa.
Na minha participação para a revista AnaMaria, falei sobre como esse tipo de sofrimento psíquico pode se infiltrar no cotidiano com aparência de normalidade. Ela veste a máscara da hiperprodutividade, do perfeccionismo, da dificuldade crônica de relaxar. É justamente essa “eficiência emocionalmente cara” que dificulta seu reconhecimento. O corpo pede pausa, mas a mente exige movimento constante. E esse desalinho adoece.
Na entrevista, compartilhei: “em muitos casos, a ansiedade se instala silenciosamente, como quem aprende a habitar o corpo sem ser notada”. Quando não nomeamos o que sentimos, seguimos em modo automático — e o sofrimento, mesmo calado, encontra brechas para se expressar.
🧠 Essa ansiedade oculta pode se manifestar de formas discretas: roer unhas sem perceber, insônia disfarçada de “criatividade noturna”, culpa ao descansar, uma mente que nunca desacelera. São sintomas invisíveis aos olhos, mas intensos para quem sente.
Por isso, precisamos cultivar uma escuta mais profunda de nós mesmos. A saúde mental mora nos detalhes, e a capacidade de reconhecer os próprios sinais é uma forma de inteligência emocional — e de amor-próprio. Acolher o que antes era negado, dar nome ao que apenas doía: isso é cuidado.
✨ Transformar o desconforto em clareza é um gesto de coragem emocional.
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